sexta-feira, 28 de maio de 2010
Óleo pode causar a morte de animais (como a tartaruga da foto) que vivem nos pântanos ao sul do país
ReduzirNormalAumentarImprimirA mancha de petróleo que ameaça chegar ao sul dos Estados Unidos põe em risco a existência dos pântanos que os especialistas consideram uma espécie de "creche animal", numa época do ano na qual nascem aves, tartarugas e mamíferos. "A creche animal da América do Norte está em perigo", estimou Mark Floegel, do Greenpeace, em uma entrevista à AFP.
A primavera é, para a fauna, o período no qual nascem os animais. Com as tartarugas marinhas, isso se traduz na migração e depois na postura de ovos. É também o momento em que as aves fazem seus ninhos. Para os animais, os pântanos da Louisiana, do Mississipi e do Alabama constituem um santuário. Segundo Floegel, golfinhos e tartarugas marinhas estariam entre as primeiras vítimas da maré negra gerada pelo petróleo que vaza da plataforma Deepwater Horizon.
Uma constatação compartilhada por Mandy Tumlin, bióloga do Departamento de Fauna do Estado da Louisiana. "Os golfinhos estão particularmente ameaçados porque não têm nenhuma pele para protegê-los do petróleo. O óleo penetra em seus olhos, sua pele e nas demais mucosas".
Seu colega, o ornitologista Michael Carloss, reafirma: "As aves aproveitam a primavera para migrar. Neste momento, os pelicanos pardos fazem ninhos e seus ovos não devem demorar a eclodir". Sua população é estimada em 30 mil na Louisiana. Se invadir os pântanos, o petróleo entrará na cadeia alimentar de toda a região. O "bayou" (grande região úmida do sul da Louisiana) é repleto de peixes e crustáceos, manjar para as aves, jacarés e guaxinins.
"Os peixes ficariam manchados. Quando os pelicanos e outras aves comessem esses peixes, se contaminariam, e depois seus filhotes", explicou Carloss. Quando ingerido, o petróleo provoca inflamações e lesões internas com consequências muitas vezes fatais, lembrou Mandy Tumlin. A isto se soma o estresse provocado pela camada de petróleo. "Um pássaro preso no meio tentará com todas as suas forças se soltar. Se não conseguir, estará completamente desorientado. E depois estarão os filhotes que, se seus pais morrem, ficam sozinhos no ninho sem nada para comer", acrescentou Michael Carloss.
Os especialistas consultados pela AFP compartilham sua inquietude pelo futuro da tartaruga de Kemp, ameaçada de extinção. Essas tartarugas marinhas, que vivem exclusivamente no continente americano, "estão migrando para a costa do México para pôr seus ovos nas praias", explicou Sarah Burnette, do Instituto Audubon. E "a camada de petróleo se encontra no meio de sua trajetória", disse.
Por enquanto, "cerca de vinte tartarugas foram encontradas mortas nas praias do estado do Mississipi, mas não sabemos se o petróleo é a causa", afirmou Burnette. Para Larry Schweiger, presidente da Federação nacional para a proteção da fauna, "a questão não é saber se a fauna estará em perigo, e sim quando estará". A BP, que explorava a plataforma que afundou no dia 22 de abril, estima um vazamento de cerca de 800 mil litros de petróleo por dia no mar.
Oceano Glacial Ártico
Massa de água que constitui o menor dos quatro oceanos do mundo, ou braço, rodeado de terra, do oceano Atlântico. O oceano Árctico se estende ao sul do pólo norte até as costas da Europa, Ásia e América do Norte.
As águas superficiais do oceano Árctico se misturam com as do oceano Pacífico através do estreito de Bering, mediante um canal apertado e pouco profundo, e também com as do oceano Atlântico através de um sistema de sills submarinos (elevações suaves) que se estendem desde a Escócia até a Groenlândia e, dali, até a Terra de Baffin. No oceano Árctico desembocam os rios Obi, Ienissei, Lena, Mackenzie, Coppermine e Back. A superfície total do oceano Árctico é de 14 milhões de km2, incluindo suas principais subdivisões, o mar do Pólo Norte, o mar da Noruega, o mar do Norte e o mar de Barents.
Aproximadamente um terço do fundo do oceano Árctico está coberto pela plataforma continental, que inclui uma extensa plataforma ao norte da Eurásia e outras mais estreitas da América do Norte e da Groenlândia. Em frente às plataformas continentais está a bacia do Árctico propriamente dita, subdividida em uma série de três elevações paralelas e quatro bacias (também chamadas de fossas oceânicas). A profundidade média do oceano Árctico é de 1.500 m e o ponto mais profundo está a 5.450 m de profundidade.
As ilhas do oceano Ártico se assentam sobre as plataformas continentais. Ao nordeste da Noruega se encontra o arquipélago de Svalbard; a leste estão a Terra de Francisco José, Novaia Zemlia, Severnaia Zemlia, o arquipélago de Nova Sibéria e a ilha de Wrangel, todas elas situadas ao norte da Rússia. As numerosas ilhas canadenses, inclusive o arquipélago Rainha Elizabeth, a ilha Vitoria e a Terra de Baffin, se encontram ao norte e a leste da terra firme do Canadá até a Groenlândia.
No oceano Ártico aparecem três tipos de gelo: gelo de terra, gelo de rio e gelo de mar. O gelo de terra entra no oceano sob a forma de icebergs, criados quando se rompem pedaços de geleiras. O congelamento da água doce e sua posterior condução até o oceano pelos rios produz o gelo de rio em pequenas áreas das plataformas da Sibéria e da América do Norte. O gelo de mar se forma pelo congelamento da água marinha.
A pesca só existe em quantidades comercialmente exploráveis nas zonas costeiras mais temperadas do oceano Ártico, em particular no mar do Norte e no mar de Barents.
Oceano Indico
OCEANO INDICO
Superfície: 73,4 milhões de km2
Profundidade média: 4 210 m
Profundidade máxima (fossa de Amirantes): 9 074m
Temperatura máxima: 30ºC
Salinidade média: 34,5 %
MARES SECUNDÁRIOS
Mar Vermelho, Golfo de Aden, Mar da Arábia, Golfo de Bengala, Mar de Andaman, Golfo Pérsico, Golfo de Oman.
Menor dos três grandes oceanos da Terra, limitado a oeste pela África, ao norte pela Ásia, a leste pela Austrália e pelas ilhas australianas, e ao sul pela Antárctida. Não existem limites naturais entre o oceano Índico e o oceano Atlântico. Uma linha de 4.020 km ao longo do meridiano 20 °E, que liga o cabo Agulhas, no extremo sul da África, à Antártida, costuma ser considerada o limite.
Seu relevo é menos conhecido que o do Atlântico, embora se saiba que 60% correspondem a profundidades entre 4000 e 6 000 m. Em média, é mais profundo que o Atlântico e menos
Que o Pacifico. A plataforma continental é estreita, excepto no litoral norte. Das regiões mais profundas, na parte mediana, ergue-se uma lombada, a Dorsal Central ou Indiana, que se estende desde a Índia até o sul da ilha Rodrigues (arquipélago de Mascarene). Passa pelas ilhas Laquedivas, Maldivas e Chagos, no mar da Arábia. Essas ilhas, bem como numerosos atóis são pontos emersos da Dorsal. Mais ao sul, ela se alarga, formando extenso planalto submarino, que serve de base às ilhas Kerguelen.
A Dorsal divide as regiões profundas do Índico em duas áreas: ocidental e oriental. A região ocidental assemelha-se, pelas formas do relevo, ao Atlântico: é menos profunda e apresenta várias ramificações. Uma destas é a de Carsberg ou Indo-Arábica, que se origina ao sul do arquipélago Chagos e toma a direção das ilhas Socotorá, no mar da Arábia. Paralelamente, estendem-se formações coralígenas das ilhas Maurício às Seychelles. E nas ilhas Comores, ao norte de Madagáscar, está a Dorsal de Madagáscar, da qual esta ilha é uma parte emersa.
A região oriental é muito profunda e ocupada por uma vasta bacia, onde as profundidades médias ultrapassam 5 000 m. No leste, limitando o oceano, erguem-se os planaltos submarinos que sustentam a Austrália, Tasmânia, Nova Guiné e o arquipélago de Sonda.
Suas maiores ilhas são Madagáscar e Sri Lanka. Recebe as águas dos rios Limpopo, Zambeze, Irawadi, Brahmaputra, Ganges, Indo e Shatt al-Arab.
Oceano Pacifico
OCEANO PACÍFICO
Superfície: 165 000 000 km2
Profundidade média: 4 282 m
Profundidade máxima (fossa das Marianas): 11 033 m
Temperatura máxima: 32ºC
Salinidade média: 32,5 %
MARES SECUNDÁRIOS
Oceano Glacial Antártico, Mar de Bering, Mar de Okhotsk, Mar do Japão, Mar da china Oriental, Mar da China Meridional, Mar de Java, Mar de Arafura, Mar de Corais, Mar da Taemfinia, Mar de Sonda, Golfo da Califórnia.
É o mais extenso e profundo dos oceanos do mundo. Abarca mais de um terço da superfície da Terra e contém mais da metade do seu volume de água. Costuma-se fazer, de forma artificial, uma divisão a partir do equador: o Pacífico norte e o Pacífico sul. Foi descoberto em 1513 pelo espanhol Vasco Nunes de Balboa, que o chamou de mar do Sul.
O oceano Pacífico confina em sua parte oriental com os continentes da América do Norte e do Sul, ao norte com o estreito de Bering, a oeste com a Ásia, o arquipélago da Indonésia e a Austrália, e ao sul com a Antárctida. Ao sudeste, é dividido do oceano Atlântico de forma arbitrária pela passagem de Drake, aos 68° longitude O. Ao sudoeste, a linha divisória que o separa do oceano Índico ainda não foi estabelecida de forma oficial. Além dos mares limítrofes que se prolongam por sua irregular orla ocidental, o Pacífico conta com uma área de cerca de 165 milhões de km2 e tem uma profundidade média de 4.282 m, embora o ponto máximo conhecido se encontre na Fossa das Marianas a 11.033 m de profundidade.
O Pacífico é a bacia oceânica mais antiga. Segundo as rochas datadas, têm cerca de 200 milhões de anos. As características mais importantes, tanto da bacia quanto do talude continental, foram configuradas de acordo com fenómenos associados com a tectónica de placas. A plataforma oceânica, que se estende até profundidades de 200 m, é bastante estreita em toda a América do Norte e do Sul; contudo, é relativamente larga na Ásia e na Austrália.
Vizinha à América, há uma cordilheira submarina, a Dorsal do Pacifico Oriental ou da ilha da Páscoa, que se estende por cerca de 8.700 km desde o golfo da Califórnia até um ponto a cerca de 3.600 km a oeste do extremo meridional da América do Sul. Alarga-se na região equatorial, para formar o planalto de Albatroz, onde se erguem as ilhas dos Cocos e Galápagos. Mais ao sul, na latitude da ilha da Páscoa, encontra-se outro planalto, que se aproxima da América do Sul e inclui as ilhas de S. Félix e João Fernandes. Esses planaltos compõem, juntamente com a Dorsal, duas bacias: de Guatemala e do Peru. A sudoeste da Dorsal abre-se uma terceira bacia, a do Pacífico Sul. Na região central, uma fossa alongada divide o oceano em duas zonas: setentrional e meridional. E ainda nesta região as ilhas Havaí são os picos da cordilheira submarina que emergem.
As ilhas maiores da região ocidental formam arcos insulares vulcânicos que se elevam desde a extensa plataforma continental ao longo do extremo oriental da placa euro-asiática. Compreende o Japão, Taiwan, Filipinas, Indonésia, Nova Guiné e Nova Zelândia. As ilhas oceânicas, denominadas em conjunto Oceânia, são os picos das montanhas que surgiram na bacia oceânica por extorsão de rochas magmáticas. O oceano Pacífico conta com mais de 30.000 ilhas deste tipo. Em muitas regiões, em especial no Pacífico sul, os acidentes básicos da topografia da superfície marinha são constituídos pelas acumulações de recifes de coral. Ao longo da orla oriental do Pacífico, a plataforma continental é estreita e escarpada, com poucas ilhas; os grupos mais importantes são as ilhas Galápagos, Aleutas e Havai.
As forças motrizes das correntes oceânicas são a rotação da Terra, o atrito do ar com a superfície da água e as variações da densidade da água do mar.
Além dos atóis, são típicos do Pacífico os guyots (montanhas submarinas semelhantes a cones truncados) e a estreita plataforma continental, cuja largura média é de 70 km.
As maiores profundidades situam-se em geral próximas às costas dos continentes ou a grupos de ilhas. A fossa mais profunda é a das ilhas Marianas; 11 022 m. As outras são as das ilhas Kennadec (9 476 m), das ilhas Filipinas (fossa de Mindanao, 10 830 m), da ilha de Tonga (9 184 m), das ilhas Kurilas (9 144 m’). Por isso, o oceano Pacífico detém o recorde. de maior média de profundidade.
Junto às profundas fossas, desde o Alasca até o sul da Índia, estendem-se as "guirlandas" insulares, ou cordões de ilhas vulcânicas. Nessa área, o Pacifico é convulsionado por fortes terremotos e maremotos.
O modelo de correntes do Pacífico norte consiste em um movimento, o sistema circular de dois vórtices. O Pacífico norte está dominado pela célula central norte, que circula no sentido horário e compreende a corrente do Pacífico norte, a corrente da Califórnia e a corrente de Kuroshio. A corrente da Califórnia é fria, extensa e lenta, enquanto a de Kuroshio é quente, estreita, rápida e parecida com a do Golfo. Perto do equador, a 5° latitude N, o fluxo para o leste da contracorrente Equatorial separa os sistemas de correntes do Pacífico norte e sul. O Pacífico sul encontra-se dominado pelo movimento no sentido anti-horário da célula central sul, que compreende a corrente Sul-equatorial, a corrente do Pacífico sul e a corrente de Humboldt. No extremo sul está localizada a corrente Antártica Circumpolar; é a fonte mais importante de circulação oceânica em profundidade. Ali nasce a extensa e fria corrente do Peru, ou de Humboldt.
O importante sistema de ventos do oceano Pacífico é formado por dois cinturões iguais de correntes que se dirigem para oeste e que sopram de oeste a leste entre 30° e 60° de latitude, um no hemisfério norte e outro no sul. Os constantes alísios se encontram ladeados pelos ventos de oeste, sopram desde leste no hemisfério norte e desde oeste no sul. As fortes tormentas tropicais, denominadas tufões no Pacífico ocidental e furacões no Pacífico meridional e oriental, originam-se no cinturão dos alísios no fim da estação estival e nos primeiros meses do Outono.
As águas ricas em nutrientes procedentes da corrente Circumpolar Antártica sobem à superfície na corrente de Humboldt ao longo da costa do Chile e do Peru, e toda a região possui bancos de anchovas de grande importância mundial como recurso alimentício. As aves marinhas se alimentam desses bancos de anchova, do que resulta grande quantidade de guano (excremento dessas aves), utilizado entre outras coisas como fonte energética. O Pacífico noroeste, que compreende o mar do Japão e o mar de Okhotsk, por outro lado, é uma das maiores reservas pesqueiras do mundo. Os recifes de coral, ricos em fauna marinha, alcançam sua maior representatividade na Grande Barreira de Coral. Também o Pacífico tem começado a ser explorado por seus imensos recursos minerais, tais como as grandes reservas de petróleo. Ver também Oceanos e oceanografia; Terra (planeta).
OCEANO ATLÂNTICO
Superfície: mais de 106 milhões de km2
Profundidade média: 3 926m
Profundidade máxima (fossa de Porto Rico): 8 742 m
Temperatura máxima: 27ºC
Salinidade média: 35 %
MARES SECUNDÁRIOS:
Oceano Glacial Ártico, Mar Mediterrâneo, Golfo do México, Mar das Antilhas, Mar de Baffin, Mar do Norte, Mar Báltlco, Mar da Mencha, Mar da Irlanda, Baia de Hudson, Mar Negro, Mar da Noruega.
O oceano Atlântico, basicamente, é uma bacia imensa que se estende de norte a sul desde o oceano Glacial Ártico, ao norte, até o oceano Glacial Antártico, ao sul. Ocupa mais de 106 milhões de km2 de superfície total.
O limite entre o Atlântico norte e o oceano Glacial Ártico foi estabelecido de forma arbitrária, com base em cordilheiras submarinas que se estendem entre as massas de terra da ilha de Baffin, Groenlândia e Escócia. Contudo, ficou mais fácil marcar o limite com o mar Mediterrâneo na altura do estreito de Gibraltar, e com o mar do Caribe, ao longo do arco formado pelas ilhas do Caribe. O Atlântico sul está separado de forma arbitrária do oceano Índico pelo meridiano de 20° longitude E, e do Pacífico, a oeste, pela linha de maior profundidade que se estende entre o cabo de Hornos e a península Antártica.
O oceano Atlântico começou a formar-se há 150 milhões de anos, quando se afastou do grande continente de Gondwana como resultado da separação da América do Sul e da África, que ainda continua, com uma progressão de vários centímetros por ano ao longo da dorsal submarina Meso-atlântica, cadeia montanhosa que se estende de norte a sul, com aproximadamente 1.500 km de largura, na qual ocorrem freqüentes erupções vulcânicas e terremotos.
As cadeias submarinas se estendem de forma desigual de leste a oeste entre as plataformas continentais e a dorsal Meso-atlântica, dividindo os fundos oceânicos em uma série de bacias conhecidas como planícies abissais. As quatro bacias do lado americano têm uma profundidade de mais de 5.000 m e são: a bacia Norte-americana, a da Guiana, a do Brasil e a Argentina. O perfil euro-africano está marcado por várias bacias de menor profundidade: a bacia da Europa ocidental, Canárias, Cabo Verde, Serra Leoa, Guiné, Angola, Cabo e Cabo Agulhas. A grande bacia Atlântica-antárctica se estende ao longo da área mais meridional da cordilheira Meso-atlântica e da Antárctica.
Seu relevo submarino tem sido explorado desde o princípio do século XX. O traço dominante é uma cordilheira — a Dorsal Mediana ou cadeia Meso-atlântica — que se estende, semelhante a um S, desde a Islândia até a ilha Bouvet, na Antártida. Tem de 2 000 a 2 500 m de profundidade e divide o Atlântico em duas depressões: oriental e ocidental. Na zona do equador, a Dorsal é interrompida pelo estreito de Romanche, uma depressão que chega a atingir 6 000 m abaixo do nível do mar. Em alguns trechos, a cordilheira expande-se e forma planaltos, como o do Telégrafo, entre a Europa e a América do Norte. É uma área de vulcanismo que, ao emergir, formou ilhas como as de Açores. As ilhas Ascensão, Santa Helena e Tristão da Cunha, entre a África e a América do Sul, são também partes emersas da cordilheira.
Da Dorsal partem soleiras, ou seja, elevações alongadas, algumas das quais limitam depressões (bacias oceânicas), que se alinham de um e outro lado da cordilheira. Na região equatorial originam-se a soleira do Pará, em direcção ao Brasil, e a soleira de Serra Leoa, em direção à África, dividindo o Atlântico em duas porções: setentrional e meridional. Na primeira encontram-se duas bacias principais: a Norte-Americana e a Euro-Africana. São duas também as bacias do Atlântico Sul: a Brasileira e a Argentina. As formas do relevo submarino são cobertas por uma camada mais ou menos espessa de sedimentos, excepto nos locais onde as correntes marinhas são muito fortes, ou as formas do relevo muito acentuadas.
Os recortes do litoral continental e as ilhas formam mares mais ou menos fechados, com algumas características próprias, porém dependentes do oceano. Um exemplo é o Mediterrâneo, entre Eurásia e África.
As ilhas mais extensas situadas em sua totalidade no oceano Atlântico constituem um prolongamento das plataformas continentais, como Terranova, ilhas Britânicas, arquipélago das Malvinas e ilhas Sandwich do Sul, na plataforma da Antárctida. As ilhas oceânicas de origem vulcânica são menos comuns do que no Pacífico; entre elas se encontram as do arco insular do Caribe, Madeira, Canárias, Cabo Verde, o grupo de São Tomé e Príncipe, Açores, Penedo de São Pedro e São Paulo, Ascensão e o arquipélago de Tristão da Cunha. A ilha maior é a Islândia.
O sistema de circulação superficial das águas do Atlântico pode ser representado como dois grandes vórtices ou remoinhos, ou sistemas de corrente circular: uma no Atlântico norte e outra no Atlântico sul. Estas correntes são provocadas pela ação dos ventos alísios e também pela rotação da Terra. As do Atlântico norte, entre as quais se encontram as correntes Norte-equatoriais, a das Canárias e a corrente do Golfo, movem-se no sentido horário. As do Atlântico sul, entre as quais se destacam a do Brasil, a de Benguela e a corrente Sul-equatorial, se orientam no sentido anti-horário.
O Atlântico recebe águas da maioria dos rios mais importantes do mundo, como o São Lourenço, Mississípi, Orenoco, Amazonas, Paraná, Congo, Níger e Loire.
O oceano Atlântico conta com alguns dos bancos pesqueiros mais produtivos do mundo. As áreas com afloramento, nas quais as águas profundas do oceano ricas em nutrientes sobem para a superfície, possuem abundante fauna marítima. O oceano é rico em recursos minerais, e as plataformas e taludes continentais possuem abundantes combustíveis fósseis.
As Grandes depressões oceânicas
O Atlântico tem a forma aproximada de um "S", que se estende no sentido dos meridianos, e separa a Europa e a África das Américas; ao norte comunica-se com o oceano Glacial Ártico, por meio do mar da Noruega e de vários estreitos; ao sul, confunde-se com o oceano Glacial Antártico; a sudeste liga-se ao Indico, e a sudoeste ao Pacifico, através do estreito de Magalhães. Por sua localização, o Atlântico é o mais importante dos oceanos, por ele transitam navios de todo tipo, interligando os mais importantes centros comerciais, industriais e culturais do mundo, situados na Europa e na América do Norte.
O oceano Pacifico cobre mais de um terço da superfície do globo terrestre. Suas águas se estendem entre as Américas, a Ásia, a Austrália e o continente Antártico. Ao sul, comunica-se com o oceano Glacial Antártico. Une-se ao Índico pelo estreito de Malaca e das ilhas de Sonda. O primeiro europeu a visitá-lo parece ter sido o espanhol Vasco Núñez de Balboa, que, em 1513, atravessou o istmo do Panamá e deparou com as águas do Pacifico.
O oceano Indico, situado na região intertropical ou tórrida, durante muito tempo foi chamado mar das Índias. É o menor dos oceanos. Fechado inteiramente ao norte pela Ásia, a oeste limita-se com a África e a leste com a Austrália e o arquipélago de Sonda. Ao sul, confunde-se com o oceano Glacial Antártico.
Nas regiões polares, há dois oceanos que são, na verdade, prolongamentos do Atlântico, do Pacífico e do Índico. No pólo norte, fica o oceano Glacial Ártico, explorado no século XIX; no sul, está o Glacial Antártica. Ambos permanecem congelados a maior parte do tempo e pouco se sabe de seu relevo submarino.
Definição de Oceano
Na mitologia grega, Oceano (grego Οκεανος, "okeanos"), era o imenso rio que rodearia a Terra, personificado pelo titã de mesmo nome, filho de Urano e Gaia que tinha um corpo formado por um torso de um homem, com garras de caranguejo tal qual chifres na cabeça e grande barba, terminando com a cauda de uma serpente.
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Belmonte
Castelo de Belmonte:
Construção militar dos séc. XII/XIII. Em 1466 foi doado a Fernão Cabral, a título hereditário, por D. Afonso V. Passou de castelo fortificado a residência senhorial. Foi residência da família Cabral até finais do século XVII, tendo sido abandonado devido a um violento incêndio. Sofreu várias remodelações. Hoje possui um anfiteatro ao ar livre. Encontra-se aqui o posto de turismo e uma loja do IPPAR.
Igreja Matriz de Belmonte:
Construção recente dos anos 40, alberga a imagem quatrocentista de Nossa Senhora da Esperança, que segundo a tradição acompanhou Pedro Álvares Cabral na viagem da descoberta do Brasil.
Solar dos Cabrais:
Segunda residência da família Cabral, foi construído no século XVIII, para substituir o Paço do Castelo que havia sido afectado por um incêndio no século XVII. O brasão é do século XIX.
Tulha:
Edifício do século XVIII. Destinava-se ao armazenamento das rendas da família Cabral. Actualmente, encontra-se aqui instalado o Ecomuseu do Zêzere, uma estrutura que aborda o rio Zêzere numa perspectiva do seu património natural e cultural, privilegiando os aspectos ligados à fauna, flora, uso do solo e povoamento.
Capelas de Santo António e do Calvário:
Conjunto formado por dois pequenos edifícios. Ainda há dúvidas , mas tudo indica que a Capela de Sto António é a mais antiga (séc. XI/XVII).Nesta capela encontra-se um brasão com as armas das famílias Queiroz, Gouveia e Cabral. A Capela do Calvário será já uma construção do século XIX.
Igreja de São Tiago:
Templo românico do século XIII, foi sofrendo alterações. No século XIV é construída a Capela de Nossa Senhora da Piedade, formando um interessante conjunto gótico. Em finais do século XV é-lhe anexado o Panteão dos Cabrais, restaurado no século XVII, onde hoje estão depositadas as cinzas de Pedro Álvares Cabral. No século XVIII, a sua fachada é remodelada e a torre sineira erigida.
Sinagoga de Belmonte:
Templo da comunidade judaica em Belmonte.
Janela Manuelina da Casa da Câmara de Caria:
Capela de Santo António de Caria:
Torre de Centum-Cellas do Colmeal da Torre:
Altar da Igreja da Nossa Senhora de Fátima do Colmeal da Torre:
Capela da Nossa Senhora da Estrela de Inguias:
Ãltar de Igreja de São Silvestre de Inguias:
Capela do Espirito Santo de Maçainhas:
Igreja Matriz de Maçainhas:
Um dos objectivos do clube ao visitar Belmonte foi aprofundar um pouco mais os conhecimentos sobre a cultura judaica, que acaba por estar profundamente ligada a esta terra, percorrendo deste modo a judiaria, o Museu Judaico e a Sinagoga Beteliahou.
A presença judaica na região parece estar registada desde o século XIII, dada a existência de uma sinagoga com uma inscrição de 1296. É provável que o número de judeus tenha aumentado com a expulsão a que foram votados pelos Reis Católicos de Espanha, em 1492, até que em 1496, D. Manuel I decreta a conversão forçada ao catolicismo, seguindo-se um período de perseguições e a criação de uma comunidade cripto-judaica que sobreviveu ao longo de séculos, mantendo rituais e tradições. Em 1989 é reconhecida oficialmente a comunidade judaica de Belmonte, sendo actualmente uma das poucas comunidades com Rabi. Em 1997 é inaugurado o templo hebraico Betaliahou (filho de Elias), na zona da judiaria.
Mais recentemente foi constituído o Museu Judaico que pretende constituir uma unidade de documentação, investigação, exposição e divulgação sobre o papel desempenhado pela comunidade judaica no local no quadro da História e da cultura do Judaísmo. Vale a pena visitar para ter uma percepção dos seus símbolos, da atribulada época em que foram vítimas da Inquisição através de um Memorial das Vítimas da Inquisição, pela sua loja onde se podem comprar produtos Koscher entre outros relacionados com a singularidade desta cultura.
Depois de termos sido muito bem recebidos no Museu Judaico, onde até não faltou a partilha do Pão Ázimo e uma afável conversa com o funcionário dotado de um interessante blog Shaare Orah (http://www.shaareorah.blogspot.com/) , ficámos algo decepcionados com a atitude de nos querem cobrar uma entrada na Sinagoga... O grupo achou deplorável aquele percorrer de olhos pelo grupo que terminou com "quantos são ao todo? hummmm... acho que vocês podem dar 1 euro cada um para ver a Sinagoga"!!!! Graças a Deus visitámos de forma gratuita a Sinagoga de Tomar com um judeu que nos contagiou com a sua simpatia e sabedoria. Se fosse um espaço museológico como o que anteriormente tinhamos visto e pago de bom grado...agora um templo de oração!!
Pelourinho de Belmonte:
Símbolo medieval de poder municipal, era junto dele que era aplicada a justiça e anunciadas publicamente as posturas municipais e as directrizes de poder central. Representa uma prensa de azeite. Destruído no século XIX, foi reconstruído nos anos 80
Parques Naturais
Um parque nacional é uma área de conversão, geralmente de propriedade estatal, que tem como objectivo básico a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cénica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de actividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contacto com a natureza e de turismo ecológico.
Em Portugal, o Parque Nacional é apenas uma, embora a mais alta, de quatro categorias diferentes de áreas naturais protegidas. O outro são Parque Natural, Reserva Natural e Paisagem Protegida
Castelo de Belmonte
Antecedentes
A primitiva ocupação humana do seu sítio é obscura, parecendo certo que, após a Invasão romana da Península Ibérica, teria coexistido com a estrada romana que ligava a povoação de Bracara Augusta (Braga) a Emerita Augusta (Mérida), hoje em território da Espanha.
[editar] O castelo medieval
As primeiras notícias históricas acerca destes domínios datam do reinado de D. Afonso Henriques (1112-1185), quando o senhorio das terras de Centum Cellas teria sido doado ao bispo de Coimbra (6 de Maio de 1168). Mais tarde, D. Sancho I (1185-1211), concedeu Carta de Foral à Vila (1199), que então integrava o senhorio. Posteriormente, Afonso III de Portugal (1248-1279) determinou ao bispo de Coimbra, D. Egas Tafes, que procedesse a construção de uma torre e castelo. Neste período, o bispo da Guarda comprou e vendeu casas no recinto do castelo (1253) e, três anos mais tarde, a 27 de Abril, o Papa Alexandre IV doou o Castelo de Belmonte e as povoações de Inguias e Olas de Godim à Sé da Guarda, com todos os direitos episcopais, ficando a Sé de Coimbra a manter as possessões laicas. A torre e o castelo estariam possivelmente concluídos sob o reinado de D. Dinis (1279-1325). Essas referências são confirmadas por vestígios arqueológicos dos finais do século XII e início do século XIII da demolição de casas no interior da vila para a construção do castelo e da torre de menagem.
Após o estabelecimento do Tratado de Alcanises (1297), com o consequente alargamento das fronteiras para o oeste, o Castelo de Belmonte perdeu importância estratégica, enquanto que a povoação se desenvolvia extramuros.
No contexto da crise de 1383-1385, o castelo perdeu parte das suas muralhas. Um pouco mais tarde, o bispado de Coimbra permutou a vila de Belmonte, juntamente com o couto de São Romão, pela vila de Arganil com Antão Martim Vasques da Cunha (1392). No reinado de D. João I (1385-1433), tendo o alcaide de Belmonte, entre 1397 e 1398, aderido ao partido do infante D. Dinis, o soberano confiscou-lhe a vila e o castelo, doando-os como alcaidaria a Luís Álvares Cabral, passando a família Cabral a residir no castelo. O novo senhor procedeu a reconstrução pano da muralha a Norte, onde se abriu uma nova Porta da Traição, acrescentando-se um cubelo para reforço.
No século XV, a vila e seu castelo foram doados por D. Afonso V (1438-1481) a Fernão Cabral (1466), pai de Pedro Álvares Cabral, que prosseguiu a adaptação desta edificação militar a residência senhorial.
[editar] Da Guerra da Restauração aos nossos dias
Castelo de Belmonte, Portugal.
Castelo de Belmonte, Portugal.No contexto da Guerra da Restauração da independência portuguesa, a sua defesa teria sido modernizada pela construção de alguns baluartes. Ainda em fins do século XVII, o interior do castelo foi danificado por um incêndio (1694). No século seguinte, foi erguido o edifício junto ao portão principal, tendo o último senhor de Belmonte, Caetano Francisco Cabral, falecido em 1762.
Pinho Leal, comentando que se encontrava em ruínas, transcreve uma descrição do castelo no século XVIII:
"O Castelo consta de uma alta torre, com duas grandes janelas, uma para o meio-dia, outra para o poente; é quadrada e dela continuam as casas do senhor do mesmo castelo, tudo fortificado com muralha de cantaria, e por fora, em todo o circuito, com baluartes que se conservam ainda em bastante altura." (Pe. Luís Cardoso. Dicionário Geográfico. apud: Pinho Leal. Portugal Antigo e Moderno (12 v). Lisboa: 1872 e segs.)
O edifício junto à porta principal funcionou, no início do século XX, como prisão. O imóvel foi declarado como Monumento Nacional por Decreto publicado em 15 de Outubro de 1927. Entre a década de 1940 e a de 1960 foram procedidas diversas intervenções de conservação e restauro a cargo da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN).
Mais recentemente, em 1992, passou à afetação do IPPAR, tendo sido erguido no seu interior, um anfiteatro, destinado à apresentação de espectáculos. Entre 1992 e 1994 foram procedidos trabalhos de prospecção arqueológica no interior do castelo, comprovando a presença romana e, entre 1994 e 1995, no interior da torre de menagem.
Revitalizado, atualmente o monumento encontra-se aberto à visitação pública. Como curiosidade, uma antiga chave do Castelo de Belmonte encontra-se no acervo da Casa-Museu João Soares da Fundação Mário Soares, em Cortes (Leiria).
[editar] Características
Castelo de Belmonte, Portugal.Na cota de 615 metros acima do nível do mar, o castelo apresenta planta de traçado ovalado irregular, erguido em aparelho de pedra granítica. A fachadaprincipal do castelo, orientada para o Sul, é rasgada por um portal de arco de volta perfeita, encimado por uma esfera armilar e pelas armas dos Cabral.
Fechando o ângulo Sudoeste, adossada à muralha pelo exterior, ergue-se a Torre de Menagem em estilo românico, em três pavimentos, encimada por ameias quadradas de terminação piramidal. No lado sudeste das muralhas encontra-se um espaço residencial - adaptação quinhentista, com filiação no estilo maneirista, de uma pequena torre medieval. No pano exterior do Paço rasga-se uma janela em estilo manuelino, com verga de recorte trilobado. A oeste, as ruínas do antigo Paço - mandado ampliar pelo pai de Pedro Álvares Cabral – adossado à Torre de Menagem. Rasgam-no ainda outras janelas de balcão que se apoiam em mísulas. Para além de pedras brasonadas, os panos de alvenaria são rasgados por aberturas de seteiras com troneiras.
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